PARA UM MUNDO DIGITAL INCLUSIVO: INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A IGUALDADE DE GÊNERO

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As meninas e as adolescentes da América Latina e do Caribe enfrentam sérias limitações para acessar e fazer uso igualitário das tecnologias digitais. Essas limitações são causadas por diferentes situações derivadas das desigualdades de gênero que ainda prevalecem não apenas no nível social, mas também nos níveis educacional, empresarial e regulatório. E têm consequências diferenciadas por gênero, que perpetuam uma situação de desvantagem para meninas e adolescentes em relação a seus colegas do sexo masculino em seu crescimento pessoal e posicionamento social.

No início de fevereiro de 2023, Save the Children reuniu 35 meninas e adolescentes da região vinculadas a organizações parceiras do Programa Regional de Apoio à Sociedade Civil, implementado em 16 países da América Latina e do Caribe, para conhecer suas experiências, os desafios que identificam, suas expectativas, bem como suas propostas para avançar rumo a uma sociedade mais equitativa na esfera digital.

Este documento, bem como um vídeo produzido em conjunto com a organização parceira Chicos.net, reúne algumas das reflexões e propostas que surgiram durante esse diálogo entre meninas e adolescentes da Guatemala, Honduras, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina e Equador, a quem agradecemos por suas valiosas contribuições e pela coragem de compartilhar suas experiências.

Tomando como ponto de partida o tema central da 67ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW), dedicada à “Inovação e mudança tecnológica, educação na era digital para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas”, o diálogo com meninas e adolescentes organizado por Save the Children girou em torno de três temas prioritários:

Lacuna de gênero no acesso e uso de plataformas digitais.
Proteção, segurança e proteção on-line
Papel dos Estados na prevenção, acompanhamento e proteção

Lacuna de gênero no acesso e uso de plataformas digitais

De acordo com o relatório “Mobile Gender Gap” 2022 (GSMA), a inclusão digital de mulheres em países de baixa e média renda desacelerou em 2021, já que a lacuna de gênero vinha diminuindo em um ritmo mais rápido nos anos anteriores. De acordo com o relatório, mulheres e meninas têm 16% menos probabilidade do que os homens de usar a Internet móvel. Além disso, as meninas têm menos acesso ao conhecimento e ao uso de tecnologias do que os meninos, o que limita duplamente seu uso.

Diante desses dados, as meninas e adolescentes participantes identificam a situação econômica, o local de residência, a educação diferenciada por gênero, a sobrecarga de tarefas domésticas ou a falta de habilidades digitais como causas prioritárias pelas quais enfrentam maiores limitações no acesso à Internet e às plataformas digitais.

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